O impacto do iFood no resultado financeiro do pequeno empresário.

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Nos últimos anos, plataformas de delivery como o iFood se tornaram aliadas estratégicas para pequenos restaurantes, lanchonetes e negócios de alimentação em geral. Para muitos empreendedores, estar presente no aplicativo é quase uma necessidade para sobreviver no mercado competitivo de hoje.

Mas será que vale mesmo a pena? Quais são as vantagens comerciais reais e qual o impacto disso nas finanças da empresa, especialmente no resultado líquido?

Vamos analisar os dois lados dessa decisão com base em critérios de gestão financeira.

As vantagens comerciais de usar o iFood.

  1. Aumento da visibilidade e captação de novos clientes: estar no iFood coloca sua empresa diante de milhares de consumidores todos os dias. Isso é, na prática, como ter uma vitrine aberta 24h em um shopping movimentado, sem precisar investir pesado em marketing por conta própria.

  2. Expansão do faturamento sem aumento proporcional de estrutura: muitos pequenos restaurantes conseguem aumentar significativamente o faturamento apenas com operação de cozinha e equipe reduzida, sem precisar abrir salão ou contratar garçom. O delivery amplia o alcance da venda, mesmo com estrutura enxuta.

  3. Facilidade operacional e suporte tecnológico: a plataforma oferece sistema de pedidos automatizado, gestão de cardápio digital, promoções, integração com formas de pagamento e acompanhamento em tempo real. Isso reduz a margem de erro e otimiza o processo.

  4. Campanhas e impulsionamento interno: restaurantes parceiros podem participar de promoções do próprio iFood e impulsionar seu cardápio dentro do aplicativo, o que aumenta as chances de vendas, principalmente em datas especiais ou horários de pico.

O impacto no resultado financeiro: atenção à margem e ao resultado líquido.

Apesar das vantagens, é fundamental que o empresário entenda quanto custa vender pelo iFood e como isso impacta o resultado líquido da empresa. Veja os principais pontos de atenção:

1. Taxas de comissão: o iFood cobra taxas que variam conforme o plano escolhido. A comissão pode chegar a 26% por pedido (ou mais, em planos com destaque). Isso significa que, de cada R$100 em vendas, você pode receber pouco mais que R$70, ou até menos.

Impacto direto: se você não revisar sua precificação, pode estar vendendo muito e lucrando pouco ou até operando no prejuízo.

2. Custo de entrega: em alguns planos, o custo da entrega é do restaurante. Se você assume esse custo sem embutir no preço final ou sem negociar repasse com o consumidor, isso também reduz sua margem de contribuição.

3. Promoções e descontos compartilhados: muitos restaurantes participam de campanhas promocionais para ganhar visibilidade. Porém, se esses descontos não forem bem planejados, podem comprometer ainda mais a lucratividade.

4. Volume não significa lucro: há negócios que aumentam o faturamento bruto no iFood, mas perdem margem e veem o lucro despencar. Isso acontece por falta de controle sobre custos variáveis, ficha técnica dos produtos e margem líquida por canal de venda.

Como usar o iFood com inteligência financeira?

  • Calcule o custo real de vender pelo iFood (produto + embalagem + entrega + comissão).

  • Reveja seus preços para o canal:  o preço no aplicativo pode (e deve) ser diferente do balcão.

  • Separe os custos por canal (vendas diretas x iFood) para acompanhar a rentabilidade de forma separada.

  • Evite depender exclusivamente do aplicativo, use o iFood como canal de atração, mas invista na fidelização do cliente fora da plataforma (via redes sociais, WhatsApp, programa de fidelidade próprio).

  • Acompanhe indicadores como margem de contribuição e ticket médio no iFood para saber se o esforço está valendo a pena.

Conclusão

O iFood é uma plataforma que pode gerar grande volume de vendas e atrair novos clientes, principalmente para quem está começando ou deseja crescer sem abrir uma loja física. No entanto, para que essa estratégia traga resultados positivos, é fundamental que o empresário tenha controle sobre os custos e margens de lucro.

Estar no iFood pode impulsionar seu faturamento,  mas só será vantajoso se isso se refletir também no seu resultado líquido.

Lembre-se: vender mais nem sempre significa lucrar mais.

Planejamento financeiro, controle dos números e revisão constante da estratégia são essenciais para transformar o iFood em um aliado e não em um vilão do seu caixa.

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